quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Números...

Mesmo com as festas de final de ano venho conseguindo cumprir meus treinamentos vizando a maratona internacional de Porto Alegre 2011. Aliás, esse ano foi um marco para mim, principalmente o segundo semestre.

Como dizem por aí, "vamos começar do começo". Em 2010 realizei minhas primeiras séries do Audax nas distâncias de 200, 300 e 400km respectivamente. Consegui completar os três desafios e gostei da experiência, mas o principal é que terminei todas essas provas sem lesão, com muita dor é verdade, mas sem lesão.

Meu segundo semestre foi excelente. Após algumas consultas e exames, seguido de um tratamento de crioterapia (gelo) e uma reeducação da parte biomecânica durante corrida, consegui lentamente e progressivamente voltar a correr após 1 ano e também a sonhar velhos sonhos. No último final de semana já realizei meu longão de 20km.
Abaixo, coloco meus números do ano que se vai e desejo a todos um prospero ano novo, com muitos desafios e conquistas para 2011.

  • bike MTB: 6.222.22km
  • bike SPEED: 4.536.68km
  • Total Km bike: 10.758.90km
  • Runing: 564km

Abração!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Suely Terezinha da Rosa...

Sempre acreditei nas referências como item importantíssimo na construção da personalidade pessoal. Em casa, para minha sorte, tenho dois bons exemplos.
No dia 11 de novembro de 2010, há 55 anos atrás, nascia aquela que algum tempo depois me traria ao mundo. Foi ainda dentro da barriga que eu senti seu amor pela primeira vez. Foi no dia-a-dia, durante todos esses anos, que aprendi com você mãe, a importância da dignidade e lealdade com os outros e consigo próprio. É em seus exemplos que eu tento construir os meus.
Parabéns mãe pelo seu aniversário e obrigado por tudo!!!

De seu filho Alcimar que tanto lhe ama!!!!!!!!!!!!!
BJS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Abstinência Esportiva....

Hoje, feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida, navegando na internet, encontrei e li um artigo sobre a abstinência no esporte. De autoria de Marcia Pilla do Vale, psicóloga do esporte, o texto fala sobre os sintomas em pessoas que por algum motivo interrompem sua vida esportiva. Achei interessante e compartilho com vocês.




Abstinência Esportiva

A relação entre a prática de atividade física e a sensação de bem-estar psíquico é
amplamente comprovada por inúmeras pesquisas científicas. Pessoas que se exercitam
regularmente sentem os benefícios no corpo e na mente: têm mais satisfação consigo
mesmas, melhoram sua auto-estima, podem aumentar seu círculo de relacionamento, etc.
Os efeitos benéficos são tão considerados que atualmente a atividade física regular é
freqüentemente indicada a pessoas que estão apresentando sintomas depressivos e de
estresse.

A produção de endorfina a partir do exercício é a principal responsável pela
sensação de bem-estar, pois é um neurotransmissor ligado à satisfação, ao prazer, ao alívio
da dor e a sensação de relaxamento do corpo. Com a prática continuada, o corpo vai se
acostumando a estes efeitos analgésicos e relaxantes, podendo criar o que chamamos de
dependência positiva ou negativa. Sabe-se que há um diagnóstico para aquelas pessoas que
treinam exaustivamente, não apenas para se sentirem bem, mas para, obsessivamente,
alcançarem um corpo perfeito, chegando a desenvolver sintomas que beiram a compulsão.
Para estes há um nome: vigorexia. A adição ao exercício ou dependência negativa é
percebida facilmente e os sintomas de uma parada são sentidos como uma verdadeira crise
de abstinência a estes praticantes “viciados em endorfina”.

No entanto, uma pesquisa recentemente publicada nos EUA traz um alerta
importante a todos que interrompem abruptamente sua atividade física, mesmo aos menos
compulsivos por malhação. A pesquisa envolveu praticantes assíduos (mínimo de 30
minutos de exercícios, três vezes por semana, há pelo menos seis meses) e abordou os
efeitos psicológicos da interrupção abrupta. Constatou-se que os sujeitos vivenciaram os
mesmos sintomas dos atletas que por algum motivo se vêem privados de sua atividade. Ou
seja, a dependência positiva também produz seus efeitos! Os sintomas da abstinência se
aproximam aos da depressão, especialmente a fadiga, a tensão e a perda do vigor. Após um
período, surgiram ainda traços de melancolia, culpa e falta de prazer. Estes sintomas já são
percebidos após uma semana de interrupção.

Estes resultados nos fazem pensar... referem-se a praticantes regulares que estão em
busca de uma melhor qualidade de vida. Portanto, mesmo quando a interrupção é inevitável
– no caso de uma lesão, por exemplo – se o repouso total não é obrigatório, busque
alternativas para exercitar-se. Há atividades de baixo impacto capazes de produzir efeitos
prazerosos e relaxantes. Se o problema é a falta de tempo na correria do dia-a-dia, opte por
exercícios rápidos que sejam eficientes. E, ainda, se a preguiça “bater”, recorra aos amigos
e combine uma atividade conjunta. Você não vai querer “furar” o programa!
A alteração de humor pela inatividade física pode ser evitada. Utilize a dependência
positiva a seu favor, mantendo-se ativo. Sua saúde – física e mental - agradece!

1 Coluna publicada na Revista Sulsports – edição n. 14

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Alguém duvida???


Homem é capaz de correr a mais de 60 quilômetros por hora, diz estudo.




O ser humano é capaz de correr a uma velocidade de até 64,4 km/h - superando o atleta jamaicano Usain Bolt, recordista mundial dos 100 metros rasos, segundo estudo realizado nos Estados Unidos.

O número foi estabelecido depois que cientistas calcularam a mais alta velocidade pela qual os músculos do corpo humano podem se mover biologicamente.

O animal mais rápido da natureza, o guepardo chega a 112 km/h

Pesquisas anteriores sugeriam que o principal obstáculo à velocidade é que nossos membros podem suportar apenas uma certa quantidade de força quando tocam o solo.

Mas o novo estudo, publicado na revista especializada "Journal of Applied Physiology", indica que é a contração muscular que tem o papel essencial na velocidade.

Forças

Para chegar a suas conclusões, os cientistas usaram uma esteira capaz de superar os 64 km/h e que gravava medidas precisas das forças aplicadas à superfície a cada pisada.

Voluntários eram então colocados para caminhar, trotar ou correr de diferentes formas e em ritmos distintos.

Os cientistas observaram que a força aplicada enquanto o indivíduo pulava sobre apenas uma perna a uma velocidade máxima superaram aquelas aplicadas durante a corrida em si, em 30% ou mais.

Segundo Matthew Bundle, especialista em biomecânica da Universidade de Wyoming e um dos autores do estudo, a pesquisa mostra que o limite de velocidade na corrida humana é estabelecido pelo limite de velocidade das próprias fibras musculares.
Até onde o ser humano é capaz de chegar? Alguém duvida da afirmação feita acima?
Eu acredito que sim; o avanço tecnológico não para; áreas como a preparação física, psicológica, nutricional e de materiais seguem se aperfeiçoando e colaborando para que os atletas quebrem recordes.
Abraços...

sábado, 24 de julho de 2010

Tour de France 2010...a escalada...

Simplismente sensacional a disputa entre o espanhol Alberto Contador (amarelo) e o Luxemburgues Andy Schelk (branco) durante a 17° etapa do tour de france, são os kms finais da escalada do mitico Pau Col du Tourmalet nos Alpez franceses. Detalhe: esta etapa tem 174 km de pedal e nos 20kms finais uma ascensão de 2.115 m de altitude. O que mostra todo o talento destes ciclistas e uma resistência absurda.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Use o tênis correto...

Sendo o tênis o principal instrumento na corrida, coloco abaixo, algumas dicas importantes para quem quer iniciar na corrida ou retornar com mais segurança a este esporte maravilhoso.




A corrida é um esporte que requer pouco investimento, bastam roupas confortáveis e um bom tênis. Por este motivo uma atenção especial deve ser dada ao tênis, principal instrumento para aqueles que desejam ingressar ou que já militam neste esporte. Portanto cuidado na escolha do calçado.

Cada tipo de pessoa precisa de um calçado específico. Na hora de escolher um tênis, é preciso ter em mente que, mais que beleza, marca e cor, o calçado deve prevenir lesões e controlar as sobrecargas no corpo.

O tênis desenvolvido para corrida tem, basicamente, duas funções: proteger os pés do esforço das corridas e permitir que o corredor desenvolva o máximo do seu potencial.
Esse tipo de calçado é projetado para dispersar o impacto que o atleta recebe constantemente no calcanhar, quando os pés tocam no solo a cada passada. A força do impacto gerada por estes choques chegam até três vezes o peso do corredor, por isso o sistema de amortecimento deve ser muito eficiente. Outro fator indispensável é a flexibilidade na parte frontal do solado. Isso melhora a aderência, aumenta a sensibilidade e garante conforto.

Pisar certo não é para qualquer um. O número de pessoas supinadas (característica de pés cavos) e pronadoras (pés chatos) crescem na mesma proporção que a prática da caminhada.

São três os tipos de pé. Cada um deles tem as suas próprias características e, por isso, adapta-se a modelos que sejam compatíveis com essas características.

Pé Normal (Neutro): Possui um arco de tamanho normal. Quando toca o solo, deixa impressa uma certa concavidade que liga o calcanhar e a parte dianteira dos pés. Caracteriza-se pelo apoio uniforme do pé no contato com o solo, não possuindo desvios nem para dentro e nem para fora.

Pé Supinador: Possui um arco bastante acentuado, imprimindo no solo uma região estreita, que liga o calcanhar à parte da frente do pé. Forçam a parte externa do pé a suportar o peso do corpo no final de cada passada. Às vezes o arco é tão acentuado que a impressão fica sem ligação entre as duas partes. Geralmente os corredores com esta pisada também apresentam "geno varo" (joelhos curvos para fora). Este tipo de pé possui pouca ou nenhuma flexibilidade porque não prona o suficiente. Por isso, tem baixa eficiência natural de absorção de impactos. Os calçados mais indicados são os mais flexíveis e os que têm alto grau de amortecimento são ótimos porque induzem o pé ao movimento de pronação.

Pé Pronador: Possui um pequeno arco, imprimindo no solo praticamente toda a sola do pé. Caracteriza-se pelo apoio da região medial do pé no contato com o solo. Apresenta um excesso de flexibilidade, causando instabilidade ao corredor. Geralmente os corredores com esta pisada também têm "geno valgo" (joelhos curvos para dentro) e podem sentir dores na parte medial do joelho. Quem tem pé chato precisa evitar calçados com alto grau de amortecimento, que reduzem ainda mais a estabilidade e o controle de movimentos. Com o passar do tempo, as pessoas com pé chato tendem a desenvolver processos inflamatórios (tendinites).

Aparelhos ou máquinas vem sendo utilizadas para avaliarem o tipo pé, mas estes resultados somente têm validade se acompanhados por profissionais especializados, pois são passíveis de erros, pois são apenas programas que necessitam de supervisão. Um erro na avaliação da necessidade de um tênis especial para o esporte pode resultar em um grande prejuízo financeiro e, depois de um certo tempo, pode também provocar dores ou algum tipo de problemas no pé ou tornozelo.
O ideal é realizar uma avaliação biomecânica por um Fisioterapeuta especializado antes de iniciar as atividades, para que além do tipo de pé, outras possíveis alterações também sejam detectadas antes de iniciarem processos dolorosos e degenerativos.

Existem basicamente 6 categorias de tênis:

Tênis para Controle de Movimento (Motion-Control): São os mais rígidos. Recomendados para corredores com o arco do pé baixo, que tenham um tipo de pisada pronada moderada e severa. Esses corredores precisam de estabilidade e bom suporte na parte do tênis onde fica o arco do pé. Tipo de tênis de corrida bom para corredores pesados que precisam de estabilidade e durabilidade. Geralmente são mais pesados, mas muito duráveis, e tem solado plano para estabelecer maior estabilidade e suporte.

Tênis para Estabilidade (Stability): Esta categoria geralmente tem um solado semi-curvo e oferece uma boa combinação de amortecimento, suporte e durabilidade. São indicados para corredores com arco do pé baixo e normal, que tenham tipo de pisada pronada leve a moderada. Esses corredores precisam de suporte e amortecimento.

Tênis da categoria Amortecimento (Neutral-Cushioned): Tem a sola macia, oferece maior amortecimento, mas menor suporte. Usualmente são construídos com solados curvo ou semi-curvo para estimular o movimento do pé. são recomendados para corredores que precisam de máximo amortecimento e pouco suporte sobre o arco do pé. São tênis de corrida para quem tem pisada neutra ou pronada leve, com arco do pé normal ou alto.

Tênis de corrida da categoria Performance Training: Possui solado interno curvo ou semi-curvo. São indicados para dias de prova ou para serem usados durante o treino de velocidade quando o corredor tem biomecânica perfeita, pois oferecem amortecimento mínimo, não sendo recomendados para uso em treinos longos. São geralmente bem leves.
Tênis da categoria Racing: são específicos para uso em competições.

Tênis da categoria Trail: são destinados ao uso em trilhas e estradas de terra e terrenos acidentados ou enlameados. Estes tênis são reforçados para suportar os terrenos rústicos, e têm o solado desenhado para dar mais tração em terrenos sem asfalto. Devido ao seu estilo mais rústico, estes tênis não são recomendados para uso em asfalto.

Embora os novos modelos de tênis não corrijam o problema ortopédico (e nem foram criados com esta finalidade), possuem a importante função de adaptar o pé de forma que o passo termine no lugar certo. O objetivo é amenizar, através da tecnologia do calçado, as eventuais falhas na pisada do atleta para evitar lesões e problemas no futuro.
Algo que deve ser mencionado, é que estes tênis oferecem um ajuste padrão, isto é, independente do grau de pronação ou supinação o ajuste será o mesmo. Uma opção a personalização, são as palmilhas ortopédicas. Estas palmilhas são produzidas a partir das medidas dos pés da pessoa de forma a promover ajustes individuais e são utilizadas dentro de um tênis de escolha da pessoa.
Depois de uma corrida, o amortecimento do tênis está comprimido e deformado e para voltar ao normal precisa de 24 horas sem uso. Quem corre todo dia, portanto, deve considerar a compra de um segundo par.
Tênis também têm um prazo de validade, como pneu de carro, e precisam ser trocados após certa quilometragem, que varia para cada tênis. É importante substituí-los com regularidade, pois os muito usados perdem a função de amortecimento. Embora os fabricantes digam que isso aconteça por volta dos 500 quilômetros de corrida, especialistas dizem que um bom amortecimento resiste a cerca de 1 000 quilômetros. Troque por um novo se o solado estiver gasto, com tração diminuída, ou se as costuras estiverem se soltando.

Dicas para comprar um tênis:
1. Ao escolhermos o tênis, devemos experimentar vários modelos e tamanhos.
2. Utilize a meia ou o tipo de meia que você normalmente corre. Não se esqueça das meias. É um risco calçar um tênis sem as meias nos dias mais quentes. O uso de meias de algodão, não muito apertadas, poderá evitar uma possível lesão, além de dar mais conforto aos pés nas atividades físicas.
3. A ponta do dedo nunca deve estar encostando na ponta do tênis, pois esta parte do tênis não cede. Especialista falam de uma distância entre 1 e 1,4 cm.
4. As costuras do tênis não devem apertar ou ficar em cima de zonas que sofram muito atrito.
5. A parte de trás do tênis deve ser macia e sem costuras que possam causar bolhas.
6. Na parte do calcanhar, o solado deve ter no mínimo 2cm para evitar os calos.
7. Prefira os tênis mais leves. Os pesados ou duros demais podem prejudicar os músculos e articulações.
8. O tênis mais caro, nem sempre é o melhor para você.
9. Outro detalhe importante a dizer é que existem tênis para treino e para competições. Os de competições são geralmente muito leves, mas esta leveza sacrifica o amortecimento. Se você é um corredor alto e pesado, é desaconselhável que os utilize. Se você é leve e está visando uma melhora no seu tempo, vá em frente.
10. Compre o calçado no fim da tarde; á noite os pés tendem a ficar mais inchados.



Fonte: Evaldo Darcy Bosio Filho - São Paulo/SP e Erodiana Freitas Naves - Belo Horizonte/MG.

domingo, 18 de julho de 2010

A maratona 2009...


Era para ser o grande dia. Durante os longos treinos na monótona BR 290 eu me via em meio a prova, sob os olhares dos porto alegrenses, enquanto avançava acumlando kms visando minha estréia na maratona internacional de Porto Alegre de 2009. Aquele 25 de maio de 2009 deveria ser a reconpensa por todo esforço e dedicação aos treinos. Era pra ser o grande dia. Mas não foi. Durante a preparação, por uma série de fatores -hoje com mais conhecimento e experiência estou ciente deles- tive que abandonar momentâneamente meu sonho de ser um maratonista.
Quase um ano e meio depois, com algumas tentativas frustadas de voltar a correr, estou aos poucos -e bota pouco nisso- retornando as corridas. Fiz uma ressônancia e foi diagnosticado pelo Dr. Paulo Waigeck, ortopedista e especialista em joelho, uma provável sinovite, que é a inflamação do liquido sinovial da articulação responsável pela lubrificação da mesma. Estou dando muita atenção a parte técnica da corrida, pois a dor que sinto pode estar relacionado a uma questão biomecânica, visto que, posso pedalar durante horas, subir e descer as escadas de um prédio de 15 andares e não sinto a dor que tenho ao correr. Mas agora, com um tênis novo e correto para meu estilo de pisada (foto) já consigo trotar durante 30minutos sem dor. É um avanço. Lento. Mas é um avanço.
Abraços!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 27 de junho de 2010

Vídeo...

Fiz um vídeo clip com as fotos da viagem que realizei em 2009 entre os dias 25/01 a 13/02.

Compartilho com vocês minha aventura.

Abraços!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 23 de maio de 2010

Audax 400km...


Sócrates, ao ser questionado sobre qual a tarefa mais difícil para o ser humano, respondeu: "conhecer-se a si mesmo". Você se conhece. Sabe realmente quem é e do que é capaz?
Escrevo sobre o audax 400km uma semana após concluir o mesmo. Com um tempo de 19h26min, velocidade média de 25.1km/h consegui colocar em prática o que havia planejado.
Após a largada me posicionei junto ao pelotão da frente, quatro ciclistas de Santa catarina, e com eles fui até o km 170, quando achei melhor parar no trevo de acesso a General Câmara em um posto de gasolina e alongar pois estava sentindo dores no joelho direito. Meus companheiros de prova seguiram em frente e em poucos segundos desapareceram na escuridão da noite. Apesar do horário, 21h45min, o bar do posto ainda estava aberto, comprei um gatorede, alonguei e parti. Daqui pra frente a noite seria minha companheira.
De fato pedalei a madrugada toda sozinho. Estar só nos proporciona excelentes momentos para reflexões, muitas ideias surgem nesse momento especial. E foi assim, pedalando, refletindo, pedalando, cantando e pedalando que de PC em PC(posto de controle) a madrugada estrelada passou. Das 4h às 6h da manhã foram as piores horas para mim, eu quase dormia sobre a bike, é uma verdadeira luta contra o sono resultado de um corpo que está fisiologicamente no limite.
Como paliativo, parava, pegava a caramanhola e virava a água sobre o rosto. E seguia mais alguns quilometros. Junto com a aurora vem uma carga extra de resistência e disposição. A partir deste momento, mesmo com as dores no joelho direito, tinha certeza que terminaria o audax 400 km.

domingo, 2 de maio de 2010

O treino...o bolo inglês...e o caldo de cana.

É sempre assim, temos uma meta e lutamos por ela, após alcança-la, surge outra e então a luta recomeça. Parece um ciclo sem fim, mas acredito que este eterno lutar é que nos da força para continuar buscando nossos sonhos.
Após concluir o audax 300km já penso nos 400km. Não decidi ainda a prova que irei participar, mas tenho duas opções: dia 15/05 (clube audax poa) ou 12/07 (sociedade audax de ciclismo). Aproveitei o feriado de 1°de maio para realizar um longão. A ideia era rodar 200km no seguinte trajeto: Alvorada/Três Coroas(início da serra de Gramado)/Alvorada. Convidei meu primo Saul para me acompanhar, ciclista forte e com um audax 1000km nas pernas tive que fazer bastante força para acompanha-lo. Se aprende muito pedalando em grupo ou com alguém mais experiente, eu observava sua técnica nas retas e sua cadência nas escaladas e entre subidas e descidas na RS 020 colocava-mos a conversa em dia.
Saímos 7:30 e chegamos ao pé da serra de Gramado eram pouco mais de 11hs. Às 12hs estávamos sentados em frente a um bar na cidade de igrejinha se entupindo com um bolo inglês e se desentupindo com um delicioso frukito. Cheios, reiniciamos o pedal de volta com a intenção de parar só mais uma vez antes de chegar em casa, o local escolhido seria o tradicional ponto de paradas dos ciclistas que passam pela RS 020, o "caldo de cana". Não gosto de pedalar entre ás 12 e 15hs da tarde. Não me sinto bem, o desgaste é grande, fisiologicamente fico no limite, tenho certeza que nesses momentos o que me leva a frente é o psicológico. Mas, para o audax é um bom treino, já que na prova se pedala nesse horário também. Do bolo inglês ao caldo de cana foram quase 50km, Saul também sentia o calor e vínhamos revezando e mantendo uma média 30km/h entre subidas e descidas. Fui pedindo logo dois copos de caldo de cana, aquele liquido extremamente doce é cortado pela acidez do limão o que o torna irresístivel. O suco é pura glicose e cai diretamente na corrente sanguínea. Chegamos quebrado e saímos bem mais animados.
Pedalamos os últimos 40km em um ritmo bom, chegamos em casa eram 15:45 contabilizando 190km no total. Foi um bom treino, com um bom parceiro em um lindo dia. Mas definitivamente eu não gosto de pedalar entre às 12 e 15hs. Fazer o que, alguns sacrifícios são necessários... alguns sacrifícios...

ABRAÇOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

domingo, 25 de abril de 2010

Audax 300km...



A ansiedade pré-prova tinha basicamente duas explicações: era meu primeiro audax 300km; e nunca havia passado pela experiência de pedalar durante a madrugada. A temperatura, assim como o clima, não foi problema durante a prova. Quanto a isso, a única ressalva, foi os 90km finais na BR 116 (Tapes/POA), onde os atletas enfrentaram o calor do meio-dia e o vento -embora não muito forte - mais que sempre atrapalha, principalmente quando se esta com 210km nas pernas.


O audax é uma prova longa, e quanto mais pedalamos, a chance de termos problemas com o corpo ou com a bike aumenta na mesma proporção. Fisicamente, terminei os 300km melhor que os 200km, já "A FABULOSA"... Foram três pneus furados: o primeiro ocorreu no km 25 quando pedalava com o pelotão da frente, ver o pelotão indo embora e desaparecendo à sua frente é muito triste...ver os pelotões que vinham mais atrás passando por você é frustrante, e eu ali, com meu farol Cateye na escuridão da BR 290 concertando o pneu. Pensei em desistir...ainda bem que continuei. O segundo furo foi 15km a frente no km 40, quando eu já estava acompanhando um pelotão de 8 ciclistas que haviam tido problemas com pneus furados também. Neste momento percebi como é importante para o psicológico estar acompanhado e então abandonei minhas pretensões quanto ao tempo final de prova e tracei uma nova estratégia, aquele seria o meu pelotão durante a prova, mesmo que andassem num ritmo mais baixo que o meu. E assim foi durante a madrugada e boa parte do dia só me separando nos 60km finais quando o ritmo de alguns caiu consideravelmente. Amigos, valeu pela companhia.


Abaixo, coloco os números finais do audax 300km:




Tempo: 15:40


Velocidade Média: 25.1 km/h

domingo, 11 de abril de 2010

As pedras...

O audax é um desafio físico e psicológico. No próximo sábado(17/04/2010) às 22hs, 300 km de pedras me aguardam. Já explico a metáfora! Gosto de fazer uma analogia entre as dificuldades da vida e uma pedra. Existe um ditado que diz o seguinte: "As pedras no caminho eu recolho, um dia construirei um castelo". O texto a seguir é de Antônio Carlos Vieira e é ótimo para refletirmos sobre como lidamos com as dificuldades que encontramos durante a vida.


A Pedra

O distraído nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drumond a poetizou.
Já Davi matou Golias e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos os casos,
a diferença não esteve na pedra,
mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveita-la
para seu próprio crescimento.
A cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais torna a cair.
Aproveite cada gota para evoluir...
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades,
que aparecem em seu caminho.

domingo, 14 de março de 2010

Audax 200 km...






















Era domingo, dia 07/03/2010, 06:10 da manhã. Era dada a largada e começa os primeiros metros do meu primeiro audax 200 km. Meu objetivo era completar o percurso com 8 hs de pedal, sem contar as paradas obrigatórias nos postos de controle. O tempo ajudou, o dia ficou parcialmente nublado, o vento foi discreto e transformou a prova numa grande oportunidade para os ciclistas baixarem seus tempos. No audax, o objetivo não é competir e sim desafiar, testar seus próprios limites, mas durante a prova é inevitável que ocorra competições paralelas. Portanto, há atletas de diversos níveis e cada um teu seu objetivo. No final todos terão a mesma recompensa e o primeiro poderá tirar uma foto na premiação junto com o último colocado. Esse é o verdadeiro espírito do audax.
Abaixo deixo meus números na prova:
Tempo bruto(com as paradas obrigatórias nos PCs): 08h:07min:0
Tempo Liquido: 07h:20min:00
Velocidade média: 29.1 km/h
Distância: 206 km








domingo, 21 de fevereiro de 2010

A negociação...

Sou da seguinte opinião; os órgãos públicos deveriam oferecer aos cidadãos acesso a saúde, educação, cultura e lazer. Então eles me dizem: "meu amigo, estes serviços já estão a disposição da comunidade". Nãoooooooooo! definitivamente não estão. Ao menos da forma como eu penso que seria correto.

Por motivos óbvios, irei focalizar o tema lazer, mais precisamente na área dos esportes. Durante as férias da faculdade iniciei minhas aulas de natação, paguei 95,00 reais por duas aulas na semana durante um mês, isso em janeiro e fevereiro. Não quero aqui questionar o valor das aulas, os professores estudaram e merecem uma boa remuneração por seu conhecimento, assim como a academia precisa manter sua estrutura e lucrar com ela. Afinal, esse é o modelo capitalista no qual vivemos. O fato é que não tenho condições financeiras para me manter durante todo o ano nas aulas de natação. E agora eu lhe pergunto: de quem é a culpa por eu ter de abrir mão de algo que seria benéfico para mim? Talvez a culpa seja dos meus antepassados por não terem construído fortuna. Pode ser que a culpa seja minha por ter nascido pobre e não saber construir meu tesouro.

Na realidade, o poder público deveria investir mais alto no esporte, sendo por meio de centros esportivos públicos ou firmando parcerias com centros privados, certamente os resultados apareceriam. Não estou falando em descobrir atletas e sim formar cidadãos. É fato; quem pratica esportes de forma bem orientada não se envolve em vandalismos e não sobrecarrega os hospitais públicos. Não basta construir praças com um, dois ou três quadras de futebol e achar que isso será o suficiente, é preciso oferecer opções, é necessário diversificar. Somos o país onde se paga mais impostos, temos o direito de ver nosso dinheiro bem aplicado.

Mas isso é uma luta a longo prazo, enquanto nada acontece e tudo segue como está temos que usar a imaginação, tudo pelo prazer que o esporte proporciona para o atleta amador. A solução que encontrei para continuar com as aulas de natação foi negociar. Conversei com seu José, proprietário da academia, expliquei minha situação e contei-lhe que sou estudante de educação física e gostaria muito de fazer um estágio voluntário na área da natação. Diz o ditado popular: "Conversando a gente se entende", e foi o que ocorreu. Farei um estágio voluntário dois dias na semana das 7:00 hs às 11:00 hs e ganharei um desconto de quase 70% no valor da mensalidade.

Pois é, enquanto o poder público não abre os olhos e não investe pesado nos esportes e na cultura como meio de sociabilização vamos apertando de um lado e ajeitando do outro, mas vamos!!!

SEMPRE EM FRENTE E FORÇA SEMPRE...

domingo, 24 de janeiro de 2010

Equacionar...

A questão é que o dia tem apenas 24hs. Estudar, trabalhar, praticar um; dois; e até três esportes em uma mesma época e tentar conciliar com a vida familiar e social não é tarefa das mais fáceis. Surge então uma questão: deixar de lado algum esporte ou tentar equacioná-los dentro do tempo livre que todos temos?

Me lembro de ter escrito um post onde explicava minha paixão pela corrida e os motivos que me levavam a desamarrar os cadarços e a pendurá-los. Mas o tempo passa, as feridas cicatrizam, e acabamos reconciderando antigas decisões. Fazendo um paralelo, é exatamente assim que ocorre em um relacionamento amoroso onde ambos se amam, mas só que, num momento de fraqueza (desculpa antiga hen malandro), houve uma traição que num primeiro momento parecia imperdoável mas que o tempo se encarregou de apagá-la, ou, acabou transformando-a em algo bem menor fazendo com que a paixão e a vontade de reviver antigas emoções prevalece-se.

Na última sexta-feira voltei a amarrar meus cadarços, vesti meu calção e a minha regata, e pus fim a um jejum que me incomodava. Recomecei com calma, obedecendo os princípios do treinamento, mas foram 20 minutos de prazer. Mais uma vez, exatamente como ocorre nos relacionamentos. Meu joelho esquerdo, que há alguns meses atrás sofria com a síndrome do tracto ilíotibial (joelho de corredor), não se queixou. A vontade de correr mais e mais é grande, já estou até pensando em possíveis provas para participar, mas preciso ter calma não é, afinal foram só maravilhosos 20 minutos.

Agora, são três esportes a ocupar meu tempo livre. Isso mesmo, três. Corrida, ciclismo e natação. Decidi fazer algumas aulas nas férias da faculdade, estou gostando tanto que já penso em prolongar minha atividade aquática. É uma aula e tanto, sofro muito com a respiração e a falta de técnica, dificuldades normais para um principiante. Faz apenas três semanas que iniciei, mas já é possível notar alguma evolução, principalmente na minha resistência aeróbica aquática.

Então, são muitos os objetivos esportivos em 2010, e embora levando uma rotina extremamente atribulada gosto muito de esportes e, na medida do possível, quero conciliar os três. Até que minha saúde financeira e fisiológica consigam suportar.


Um Abraço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

2010 na estrada...




Comecei o ano de 2010 pedalando. O treino; 210km, percurso de ida e volta até a divisa dos municípios de São Vendelino e Carlos Barbosa, um pouco antes do inicio da serra para Bento Gonçalves.


Fui com "A Fabulosa". No plano ela rende muito bem e imprime um bom ritmo, já nas subidas, ainda estou me adaptando. Com certeza o desempenho vai melhorar.


Amigos...que treino...que lua fez hoje...cheguei quebrado em casa.


Abaixo mais algumas fotos de São Vendelino.





















Um Abraço!!!!!!!!!!!!!!!!!!!