domingo, 25 de abril de 2010

Audax 300km...



A ansiedade pré-prova tinha basicamente duas explicações: era meu primeiro audax 300km; e nunca havia passado pela experiência de pedalar durante a madrugada. A temperatura, assim como o clima, não foi problema durante a prova. Quanto a isso, a única ressalva, foi os 90km finais na BR 116 (Tapes/POA), onde os atletas enfrentaram o calor do meio-dia e o vento -embora não muito forte - mais que sempre atrapalha, principalmente quando se esta com 210km nas pernas.


O audax é uma prova longa, e quanto mais pedalamos, a chance de termos problemas com o corpo ou com a bike aumenta na mesma proporção. Fisicamente, terminei os 300km melhor que os 200km, já "A FABULOSA"... Foram três pneus furados: o primeiro ocorreu no km 25 quando pedalava com o pelotão da frente, ver o pelotão indo embora e desaparecendo à sua frente é muito triste...ver os pelotões que vinham mais atrás passando por você é frustrante, e eu ali, com meu farol Cateye na escuridão da BR 290 concertando o pneu. Pensei em desistir...ainda bem que continuei. O segundo furo foi 15km a frente no km 40, quando eu já estava acompanhando um pelotão de 8 ciclistas que haviam tido problemas com pneus furados também. Neste momento percebi como é importante para o psicológico estar acompanhado e então abandonei minhas pretensões quanto ao tempo final de prova e tracei uma nova estratégia, aquele seria o meu pelotão durante a prova, mesmo que andassem num ritmo mais baixo que o meu. E assim foi durante a madrugada e boa parte do dia só me separando nos 60km finais quando o ritmo de alguns caiu consideravelmente. Amigos, valeu pela companhia.


Abaixo, coloco os números finais do audax 300km:




Tempo: 15:40


Velocidade Média: 25.1 km/h

domingo, 11 de abril de 2010

As pedras...

O audax é um desafio físico e psicológico. No próximo sábado(17/04/2010) às 22hs, 300 km de pedras me aguardam. Já explico a metáfora! Gosto de fazer uma analogia entre as dificuldades da vida e uma pedra. Existe um ditado que diz o seguinte: "As pedras no caminho eu recolho, um dia construirei um castelo". O texto a seguir é de Antônio Carlos Vieira e é ótimo para refletirmos sobre como lidamos com as dificuldades que encontramos durante a vida.


A Pedra

O distraído nela tropeçou,
o bruto a usou como projétil,
o empreendedor, usando-a, construiu.
O camponês, cansado da lida, dela fez assento.
Para meninos, foi brinquedo.
Drumond a poetizou.
Já Davi matou Golias e Michelangelo extraiu-lhe a mais bela escultura.
E em todos os casos,
a diferença não esteve na pedra,
mas no homem!
Não existe "pedra" no seu caminho que você não possa aproveita-la
para seu próprio crescimento.
A cada instante que passa é uma gota de vida que nunca mais torna a cair.
Aproveite cada gota para evoluir...
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades,
que aparecem em seu caminho.